A
indústria agrícola é altamente rentável atualmente pelo aumento da demanda
mundial por vegetais (necessidade de matérias primas, alimentos e pelo crescimento
do paisagismo), porém essa vertente da agricultura não deixa de ser uma “empresa” exposta às intempéries naturais (vento
forte, tempestade, furacão, seca), podendo ser considerada, portanto, uma produção de alto risco.
Desde
o início de sua história, quando colônia de Portugal, o Brasil ganha status de
grande produtor vegetal, por primeiramente cultivar cana de açúcar em grande
escala, e posteriormente pela alta produção de café, dado seu clima favorável a
agricultura. Naquela época, derrubava-se a mata
atlântica, e aproveitava-se o solo, rico em matéria orgânica, para plantar os cafezais (espécie que exige muito da terra), até que os nutrientes do solo se
esgotavam e, consequentemente, derrubadas de novas áreas da mata atlântica ocorriam para dar
continuidade à produção.
O crescimento deste produto ocorreu até a crise de
1929, quando o preço da saca na bolsa de Nova York caiu de 4,70 libras para
1,80, e para tentar sanar esse problema aos proprietários das terras, o governo compra as
sacas e as queima, tornando conhecida a frase "coletiviza-se a perca e focaliza-se o ganho" que representa muito bem o ocorrido.
Após
isso ocorre uma industrialização no país, porém faltava mão de obra nas
cidades, pois 70% da população estava na área rural, então com políticas de
marketing feito nas escolas (Jeca Tatu), inferiorizando a população do campo, o
governo faz com que ocorra um processo de êxodo da população do campo para a
cidade, faltando, dessa forma, trabalhadores na produção vegetal do país.
A
produtividade potencial da agricultura está longe da real mesmo nos maiores
centros de tecnologia agrícola. Consequentemente, no Brasil, onde o clima é
tropical, chovendo muito, juntamente com o fato da agricultura ser
convencional, com tecnologia ser inapropriada, pois foi importada da Europa
(como o exemplo do arado utilizado em degelo) faz com que as dificuldades sejam
imensas para garantir uma grande produção.
Com
o intuito de sanar o problema da perda de nutrientes do solo pela chuva, foi
adotado o plantio direto na terra, conhecido como 1ª revolução verde, onde a
palha serve de proteção e segura a água. Outra questão importante abordada são
os conflitos entre (Agricultura x Pecuária x Floresta) que ocorrem nas propriedades
rurais e acabam prejudicando a produtividade do país, que deverá atender cerca
de 40% da demanda de vegetais no mundo futuramente. Então para resolver isso,
veio à tona, em 2010, a ILPF, integração de agricultura, pecuária e floresta,
conhecida como 2ª revolução verde, a qual recupera a área de pastagens
degradadas e integra diferentes sistemas produtivos juntos, aumentando a
produtividade agrícola.
Podemos
observar que a necessidade pelo aumento da produtividade só ocorrerá com um
progressivo melhoramento de tecnologia nas fazendas brasileiras. Exemplo disso
são as fazendas futuristas do Japão e EUA que produzem alfaces e tomates da
melhor qualidade em grande escala, porém a um preço ainda caro.
Indicarei um vídeo do YouTube do canal Al Jazeera English que mostra as fábricas de vegetais futuristas, que serão usadas em um futuro próximo no mundo todo para aumentar a produção e melhorar a qualidade dos alimentos, tornando-os cada vez mais saudáveis pelo menor uso de defensivos agrícolas e rígido controle sanitário. https://www.youtube.com/watch?v=RQwSZa-1hQ8