sábado, 30 de julho de 2016

História da Produção Vegetal Brasileira

A indústria agrícola é altamente rentável atualmente pelo aumento da demanda mundial por vegetais (necessidade de matérias primas, alimentos e pelo crescimento do paisagismo), porém essa vertente da agricultura não deixa de ser uma “empresa” exposta às intempéries naturais (vento forte, tempestade, furacão, seca), podendo ser considerada, portanto, uma produção de alto risco.
Desde o início de sua história, quando colônia de Portugal, o Brasil ganha status de grande produtor vegetal, por primeiramente cultivar cana de açúcar em grande escala, e posteriormente pela alta produção de café, dado seu clima favorável a agricultura. Naquela época, derrubava-se a mata atlântica, e aproveitava-se o solo, rico em matéria orgânica, para plantar os cafezais (espécie que exige muito da terra), até que os nutrientes do solo se esgotavam e, consequentemente, derrubadas de novas áreas da mata atlântica ocorriam para dar continuidade à produção. 
O crescimento deste produto ocorreu até a crise de 1929, quando o preço da saca na bolsa de Nova York caiu de 4,70 libras para 1,80, e para tentar sanar esse problema aos proprietários das terras, o governo compra as sacas e as queima, tornando conhecida a frase "coletiviza-se a perca e focaliza-se o ganho" que representa muito bem o ocorrido.
Após isso ocorre uma industrialização no país, porém faltava mão de obra nas cidades, pois 70% da população estava na área rural, então com políticas de marketing feito nas escolas (Jeca Tatu), inferiorizando a população do campo, o governo faz com que ocorra um processo de êxodo da população do campo para a cidade, faltando, dessa forma, trabalhadores na produção vegetal do país.
A produtividade potencial da agricultura está longe da real mesmo nos maiores centros de tecnologia agrícola. Consequentemente, no Brasil, onde o clima é tropical, chovendo muito, juntamente com o fato da agricultura ser convencional, com tecnologia ser inapropriada, pois foi importada da Europa (como o exemplo do arado utilizado em degelo) faz com que as dificuldades sejam imensas para garantir uma grande produção.
Com o intuito de sanar o problema da perda de nutrientes do solo pela chuva, foi adotado o plantio direto na terra, conhecido como 1ª revolução verde, onde a palha serve de proteção e segura a água. Outra questão importante abordada são os conflitos entre (Agricultura x Pecuária x Floresta) que ocorrem nas propriedades rurais e acabam prejudicando a produtividade do país, que deverá atender cerca de 40% da demanda de vegetais no mundo futuramente. Então para resolver isso, veio à tona, em 2010, a ILPF, integração de agricultura, pecuária e floresta, conhecida como 2ª revolução verde, a qual recupera a área de pastagens degradadas e integra diferentes sistemas produtivos juntos, aumentando a produtividade agrícola.
Podemos observar que a necessidade pelo aumento da produtividade só ocorrerá com um progressivo melhoramento de tecnologia nas fazendas brasileiras. Exemplo disso são as fazendas futuristas do Japão e EUA que produzem alfaces e tomates da melhor qualidade em grande escala, porém a um preço ainda caro.
Indicarei um vídeo do YouTube do canaAl Jazeera English que mostra as fábricas de vegetais futuristas, que serão usadas em um futuro próximo no mundo todo para aumentar a produção e melhorar a qualidade dos alimentos, tornando-os cada vez mais saudáveis pelo menor uso de defensivos agrícolas e rígido controle sanitário. https://www.youtube.com/watch?v=RQwSZa-1hQ8

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